Você realmente precisa de organizar financeiramente?
Muitas pessoas não sabem como atingir os seus objetivos e isso pode envolver não só um planejamento ruim dos objetivos em si, mas também um planejamento ruim ou a inexistência de um planejamento financeiro.
Por mais que o dinheiro ainda seja um tabu, realmente precisamos conversar sobre ele. Se organizar financeiramente é extremamente vital para a sua saúde e os seus projetos.
A organização financeira irá te permitir chegar muito mais longe e sem grandes sofrimentos. Tudo isso parece simples, só que não é. Quando falamos em realmente ter uma organização financeira estamos entrando em um território ainda não explorado pela grande maioria dos brasileiros.
É preciso estudar, aprender um pouquinho mais dia após dia e realmente se dedicar a mudar de patamar.
Por que se organizar financeiramente?
A resposta já foi muito bem introduzida nos parágrafos anteriores. A principal razão para se organizar financeiramente é saber de fato o que está acontecendo com o seu dinheiro, é ver que se você mudasse algo aqui e ali finalmente conseguiria realizar aquele projeto tão especial para você.
Não existe mágica, existe suor, trabalho e acima de tudo, planejamento financeiro. Isso porque mesmo se você já faz trabalha muito e dá o seu suor para mudar de patamar, mas não tem uma organização financeira, bom, o caminho realmente será mais difícil.
Como começar?
Tome consciência da sua vida financeira, comece a rabiscar em um papel qual é a sua rotina de gastos e de entrada de receita. O que eu quero dizer é que você precisa literalmente saber quanto de fato gasta e quanto de fato recebe por mês.
Veja primeiro se os valores fecha. Neste exercício três resultados são possíveis:
- Você está gastando mais do que ganha?
- Você gasta exatamente o que ganha?
- Você gasta menos do que ganha?
Obviamente que o primeiro caso é o que mais chama a atenção e que mais requer cuidados na hora de refazer ou criar a sua organização financeira.
O mais preocupante
No caso 1, onde você gasta mais do que ganha, comece a separar com o que está gastando e veja o que poderia ter sido evitado e o que não dava pra evitar de jeito nenhum, como contas fixas de água, luz, telefone, internet.
Dos itens que você acredita que poderia não ter gasto, é bem simples, quando você se deparar com coisas que não precisa mas que quer comprar, vá embora e volte depois. Se o desejo ainda persistir tente pensar qual de fato seria o uso para tal aquisição,
E por fim, pense em quanto tempo você precisaria trabalhar para conseguir comprar tal item tão desejado.
Você pode usar uma fórmula bem simples e que não requer grandes conhecimentos matemáticos:
Anote qual é a sua entrada de dinheiro no mês (exemplo: salário)
Anote quantas horas você trabalha por mês e multiplique por quantos dias você trabalha (exemplo: 8 horas por dia e 22 dias trabalhados = 8x22)
Divida o valor do seu salário pelo resultado das suas horas trabalhadas x os dias trabalhos e você terá o resultado que mostrará quantas horas você precisará trabalhar para conseguir adquirir o item desejado.
Vamos a uma simulação prática
Ana trabalha 8 horas por dia de segunda a sexta (22 dias no mês). Seu salário é de R$1.500,00. Ana gostaria de comprar um item que achou bonito, mas que não necessariamente lhe será útil. Vamos ao cálculo?
Horas trabalhadas 8x22= 176 horas por mês
Salário: R$ 1.500,00 por mês
Cálculo final: 1500/176
Resultado: 8,52
Isso significa que Ana teria que trabalhar 8,52 horas para adquirir o item desejado, ou seja, teria que trabalhar um dia inteiro e ainda precisaria de mais um pedacinho do outro dia.
Caso 2
Gastar exatamente o que ganha é ruim, só não é pior do que gastar mais do que ganha. Você não é claramente um endividado, mas será que está usando o cartão de crédito para adiantar algumas compras do seu dia a dia?
Se a resposta for sim e se você ainda tiver um limite no banco, o famoso “negativo”, muito cuidado!
Digo isso porque para você se desestabilizar e ir para o grupo 1 é bem rápido. Os exercícios para ajudar a lidar com essa situação ainda são os mesmos do caso 1.
Reveja suas compras e tenha consciência do quanto você tem que trabalhar por aquilo que quer. Não está difícil mudar de patamar e fazer com que o dinheiro comece a sobrar, é só questão de esforço, dedicação e criação de hábitos conscientes em relação ao seu consumo.
Caso 3
O melhor ficou por último. Quando você consegue gastar menos do que ganha já tem um poder de poupança para conseguir realizar os seus objetivos.
Com certeza isso é resultado de uma consciência financeira mais ativa. Se você já pertenceu aos outros grupos sabe o quanto é bom conseguir mudar.
Só que não tem jeito, sempre dá pra otimizar as suas finanças! Então faça também o exercício das horas trabalhadas.
Consigo poupar, e agora?
Agora que você mudou seus hábitos e subiu mais um degrau na escada da sua vida financeira, está na hora de estabelecer metas e acompanhar de perto cada uma delas.
Faça um orçamento, separe os valores para os seus gastos fixos e crie planos para o que sobra.
Você já se perguntou o que você realmente quer fazer? Quer ir viajar? Fazer um curso? Comprar um carro? Comprar uma casa? Qual é o seu grande objetivo?
Se questione sempre sobre o que é importante para você, veja o quanto precisará de dinheiro para conquistar e projete mês a mês qual quantia precisa separar.
Utilize os investimentos para diminuir o tempo que você precisará poupar. Como você é remunerado por investir, conforme o tempo passa o seu valor poupado começa a subir.
Mas quais investimentos escolher? Bom, se você quiser realmente saber vai ter que ler outro artigo :D
“Investir em conhecimento rende sempre os melhores juros”
Benjamin Franklin