Como montar a sua reserva de emergência?

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Hoje nós vamos falar sobre como montar a sua reserva de emergência que serve tanto para prevenir situações inesperadas quanto para aproveitar oportunidades imperdíveis.

 

 

Para montar uma reserva de emergência, você deve primeiro saber qual é o valor que deve deixar investido periodicamente.

 

Para calcular o valor ideal é necessário saber qual é o tipo de profissão que a pessoa possui, por exemplo, se ela é CLT ou funcionária pública possui mais garantias, como o seguro-desemprego o tempo de serviço e mais benefícios como o FGTS.

 

Agora, quando você é PJ e não tem essas garantias e nem seguro desemprego, acaba ficando em uma situação delicada caso o seu contrato seja rompido, já que você não terá valores a ser retornados e muitas vezes terá somente o valor do seu último contrato.

 

Justamente por isso as regras são as seguintes:

 

  • Para as pessoas que são CLT ou funcionárias Públicas, é preciso calcular o custo de vida mensal e multiplicar por 6. Assim, a pessoa terá seis vezes o seu custo de vida mensal para se manter até conseguir outro emprego.

 

  • Agora, se a pessoa é PJ ou autônomo será necessário 12 vezes o valor do seu custo de vida mensal, dessa forma conseguirá ficar mais tranquila caso passe por período de incerteza e terá mais tempo para se restabelecer.

 

 

Calculando o seu custo de vida mensal

 

Custo de vida mensal é todo o valor que você precisa gastar invariavelmente para passar o mês.

 

Você deve levar em consideração que se eventualmente ficar desempregado, seu custo de vida mensal pode acabar sofrendo alteração no valor.  

 

Algumas contas não param de chegar, como é o caso das contas de água, luz, gás, aluguel, condomínio, escola dos filhos, supermercado entre outras contas como internet, serviços de streaming e demais assinaturas que já poderiam ser canceladas ou ter o seu pacote reduzido através de uma negociação com a empresa que fornece os serviços, em caso de necessidade.

 

Desse modo, pense em como será a sua vida caso fique sem emprego e faça as contas multiplicando pelo número que mais se adéqua a sua realidade.

 

Exceções para a reserva de emergência

 

Existem algumas exceções para calcular a sua reserva de emergência, por exemplo, mesmo que você seja CLT, pode ser que esteja em uma profissão muito específica no mercado, ou porque existem poucos funcionários ou pouca demanda para este cargo.

 

Sendo um nicho profissional extremamente pequeno. Caso você passe por essa situação, será melhor ter uma reserva de emergência acima de 6 meses. Lembrando que esta regra de 6 a 12 meses é apenas um padrão que serve para a maioria das pessoas, mas que talvez não sirva para você. Então cabe a você saber mensurar quanto tempo retornará as suas atividades normalmente e quanto de fato precisará. Em caso de dúvidas, procure a nossa equipe!

 

Onde investir a sua reserva

 

Quando falamos sobre onde investir a reserva de emergência, é necessário escolher artigos de liquidez diária para que em qualquer emergência você consiga retirar o seu dinheiro rapidamente.

 

Também é indispensável que a aplicação escolhida tenha um nível de segurança bem alto, ou seja, um risco muito baixo. Então poucos ativos se enquadram na categoria de alta segurança e alta liquidez, porque existem os três pilares dos investimentos que nos mostram que quanto maior o prazo, maior a rentabilidade ou quanto maior o risco, maior o retorno.

 

Dessa maneira, se falamos que podemos tirar o dinheiro a qualquer dia a rentabilidade já fica menor. Então como escolher o melhor investimento mesmo sabendo que ele já está propenso a ter uma taxa pequena?

 

Da seguinte forma, primeiro avalie quais são as suas possibilidades. No geral, temos três tipos de opções mais usadas no mundo dos investimentos e cada uma funciona de uma maneira diferente.

 

Poupança

 

A mais comum é justamente a poupança. As pessoas costumam até ter o hábito de dizer:

 

“-Ah..., mas você já poupa dinheiro?” - ou então – “Você tem algum dinheiro na poupança? -      Querendo se referir a um processo guardar dinheiro.

 

É válido lembrar que a poupança é um ativo bancário, ela é uma ferramenta criada pelos bancos para captar dinheiro e direcionar como empréstimos para o setor imobiliário.

 

O lado bom desta aplicação é que ela não possui Imposto de Renda e apresenta uma facilidade maior para sacar o dinheiro já que é só ir ao caixa.  Porém, o lado ruim é que a rentabilidade é uma das mais baixas do mercado quando falamos de renda fixa.

 

Isso porque no modelo de cálculo atual de sua taxa é utilizado 70% da taxa Selic + TR que é a nossa taxa referencial que o hoje está zerada, então é a mesma coisa que dizer que é apenas 70% da taxa Selic.

Esta regra acontece porque a Selic hoje é igual ou menor que 8% ao ano. Ainda sobre a rentabilidade desta aplicação, você sabia que ela se dá apenas após a poupança completar aniversário? Isso mesmo, somente a partir do dia que completar um mês que você aplicou o dinheiro é que terá rentabilidade.

 

Se você tirar no vigésimo nono dia não terá nenhuma rentabilidade e isso é extremamente ruim para os investidores já que o seu dinheiro não teve nenhuma correção e perdeu poder de compra para a inflação.

 

Tesouro Selic

 

Outra possibilidade é um título público chamado Tesouro Selic. Ele foi criado pelo Tesouro Nacional justamente para servir como reserva de emergência por ter alta liquidez e o risco extremamente baixo. Este ativo acaba sendo considerado o menor disco de todo o mercado.

 

O Tesouro Selic é um título que utiliza a taxa Selic pós-fixada, ou seja, ao longo do tempo quando essa taxa for mudando, a rentabilidade do seu título também vai mudando.

 

Um ponto ruim é que se a taxa estiver em tendência de baixa, significa que a cada dia o seu investimento pode ter sua rentabilidade reduzida. No geral, as taxas pós-fixadas são mais utilizadas em cenários onde a taxa tende a subir, assim a pessoa que investiu neste modelo de taxa consegue acompanhar a alta da variação.

 

Letra de Câmbio ou Certificado de Depósito Bancário (LC e CDB)

 

Agora, se a pessoa estiver vivendo um cenário de baixa, é aconselhável que procure por um título prefixado, mas é extremamente difícil encontrar um título com esse regime de taxa e com liquidez diária em tempos de queda na taxa de juros.

 

Essa alternativa costuma ser mais comum nos títulos chamados letra de câmbio ou simplesmente LC. Para investir a sua reserva de emergência em títulos privados, você pode escolher tanto a LC que acabamos de falar como o CDB, que são certificados de depósito bancário.

 

Estes dois títulos, assim como a poupança, possuem o FGC que é o fundo garantidor de crédito que irá assegurar o investidor caso a instituição que emitiu o seu título acabe falindo.

 

O valor máximo para reembolso é de R$250.000,00 por instituição e por CPF, já contando com o valor investido mais a rentabilidade até o dia da quebra.

Em suma, o tipo de título com maior rentabilidade acaba sendo o título privado, porque como o risco é um pouco maior, favorece uma taxa mais alta, mesmo que possua a garantia do FGC.

 

É imprescindível que você escolha a melhor opção para a sua reserva de emergência. Lembre-se que ao chegar no valor investido você pode retirar o excesso causado pelos rendimentos ou manter assim e ter cada vez mais um valor maior destinado não só para imprevistos como também para oportunidades legais que você acabe encontrando ao longo de sua vida.

 

Espero que você tenha gostado deste artigo e que consiga montar a sua reserva de emergência para não ficar em apuros mesmo durante uma crise.

 

Um grande abraço da equipe que cuida de você,

Del Consultoria.

 

 

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